Semana aberta c/ Luísa Nóbrega & Cozinha Kombinada | Ciclo de Residências (2016)

Semana aberta c/ Luísa Nóbrega & Cozinha Kombinada | Ciclo de Residências (2016)


semana aberta de processos das artistas residentes do ciclo 1 – Luisa Nóbrega e Cozinha Kombinada

mostra retrospectiva do JA.CA

ação de ©opiar – Daniella Domingues





A Semana Aberta encerra o 1º ciclo do Programa Internacional de Residências 2016– patrocinado pela Petrobras (https://www.facebook.com/petrobras/), via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais – e conta com a apresentação das pesquisas que desenvolveram no bairro Jardim Canadá entre janeiro e março de 2016. Durante a semana, fez parte da programação: performance de Luisa Nóbrega, ação do coletivo Cozinha Kombinada e um momento de conversa com artistas residentes.

As arquitetas e cozinheiras Joseane Jorge e Silvia Herval formam o Cozinha Kombinada, coletivo que desenvolveu na residência do JA.CA o projeto Carpoteca e Espermoteca Jardim Canadá. Na residência, a dupla coletou fragmentos botânicos de espécies encontradas no bairro e cercanias, estabelecendo relações afetivas com moradores do bairro e promovendo encontros entre eles.

Luísa Nóbrega se debruçou sobre o tema da morte e de como as pessoas se relacionam com ela. A artista conversou e gravou entrevistas em vídeo com religiosos, profissionais de saúde, pacientes terminais e seus familiares, além de ter investigado como são e onde acontecem os velórios e os enterros do bairro.


COMO ESCREVER A TUA MARCHA FÚNEBRE – Em uma conferência de doze horas de duração, a palestrante Luisa tenta convencer seus ouvintes de que vai morrer, assim como todas as pessoas presentes no auditório. Enquanto isso, ensaia os primeiros acordes da sua marcha fúnebre.

Durante o processo de residência no bairro, a artista se propôs a passar esse período no Jardim Canadá procurando respostas para uma das perguntas mais óbvias (e, ao mesmo tempo, obscuras) que pode se fazer: o que acontece quando a gente morre? dizem que a morte é a única certeza que temos, mas isso com certeza é uma mentira – e das grandes. A gente sabe que a morte existe, mas no fundo não acredita que vai morrer. É como se existisse uma incongruência enorme, um abismo, entre o que a gente sabe racionalmente e o que a gente sente, pode aceitar. Se a morte por si mesma cria um abismo dentro da linguagem, uma tautologia, um movimento louco de um cachorro correndo atrás do próprio rabo, a morte no mundo capitalista contemporâneo tornou-se ainda mais problemática, difusa, tabu. A proposta para o JA.CA é usar esse período para procurar compreender, de diferentes maneiras, o sentido social, político e filosófico do silêncio com que a sociedade industrial reveste a morte. O que a comunidade do Jardim Canadá pensa da morte? Em que acredita, o que espera, como esquece, como faz para se preparar para morrer?


CHUCHU COM FRAMBOESA – Durante dois meses a dupla Cozinha Kombinada esteve em residência no JA.CA realizando o projeto Carpoteca e Espermoteca Jardim Canadá. A partir da coleta de fragmentos botânicos de espécies encontradas no bairro e cercanias e de vivências deste período, constroem um mapa afetivo do bairro e convidam para um experimento culinário que se desenvolve ao redor de uma mesa-mapa.

Cozinha Kombinada é uma dupla formada por Joseane Jorge e Silvia Herval, arquitetas e cozinheiras. Atuam desde 2014 com a proposta de uma cozinha móvel, que propõe a investigação de redes de produção e distribuição locais, outras técnicas de processamento visando o aproveitamento integral dos alimentos e o compartilhamento dos modos de fazer, receitas, histórias e saberes.


MOSTRA RETROSPECTIVA DE AUDIOVISUAL DO JA.CA – Leitura de Placas (2011) e Festa Própria (2011), de Fabiana Faleiros; O Novo Monumento (2012, Luiz Roque); Parte 2 (2012-15, Vijai Patchineelam); Clip MC Vertin (2015, Warley Desali e Manuel Carvalho); e Mim Andar Avenida Canada (2010, Zachary Fabri).


AÇÁO DE ©OPIAR – Partindo de fontes diversas, a artista Daniella Domingues vai trabalhar na produção e reprodução de publicações que serão disponibilizadas ao público no momento da ação e, posteriormente, até o final da mostra, através da reprodução das matrizes feitas pelo próprio público com auxílio do Grupo de Trabalho e Estudo.

Daniella Domingues (São Paulo, 1982) vive e trabalha em Belo Horizonte desde 2011. Designer gráfica e artista visual. Seus projetos, informados por procedimentos de criação editorial, fotografia, pesquisa arquivística e design gráfico, têm sido publicados no Brasil e no exterior. Premiada no edital 2014 Jovens Artistas Mineiros, promovido Memorial Minas Gerais Vale; também em 2014 foi residente no Paradise AIR Program, em Tokyo/Matsudo, Japão. Foi coordenadora editorial das publicações Em movimento e Vende-se/Aluga-se (ambas pelo JA.CA, 2014), Noite Branca (Fundação Clóvis Salgado, 2014); é autora e editou Edogawa: Monuments (Paradise-AIR, 2014) e Zona-Leste, Auto-verificação (Pingado Prés, 2014)


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