Em 2011, passaram pelo JA.CA um total de 7 artistas, entre residentes, ocupantes e emissários. Os artistas belo-horizontinos Pedro Motta e Paulo Nazareth, selecionados no Programa de Residências Internacionais – 2010, atuaram como emissários. Motta foi contemplado com a primeira bolsa internacional oferecida pelo Centro de Arte e Tecnologia e foi recebido pela Residency Unlimited, em Nova York, por dois meses. Nazareth, por sua vez, foi o artista selecionado para o intercâmbio entre o JA.CA e a Bienal do Harlem/RU. Ele recebeu o visto em 2011 e a residência foi financiada pela galeria Mendes Wood. O artista mineiro iniciou sua caminhada rumo aos Estados Unidos em março e chegou ao destino, em Nova York, no mês de outubro.
Selecionados para o Programa de Residências Internacionais – 2011, os artistas selecionados Laurent Pernout (França) e Fabiana Faleiros (Brasil) desenvolveram projetos cuja temática dialoga com a história de Minas Gerais e as características do bairro Jardim Canadá. Também passaram pelo JA.CA, os ocupantes Sara Lambranho, Olga Robayo e Vitor Faleiros – os dois últimos como convidados de Fabiana Faleiros.
O ano ainda foi marcado pela realização de workshops na Mostra de Design, que foram conduzidos por Antônio Yemail, Alejandro Araque e Eloisa Cartonera. Também promovemos a Feira de Publicações de Artistas e Lançamento de Livros, onde foram lançados o catálogo “Habitar o Deserto”, que reúne as atividades do primeiro ano do JA.CA, e o livro “A Natureza Mora ao Lado”, produzido em 2010 durante a residência da dupla Fernanda Regaldo e Roberto Andrés.
Partindo das observações da dinâmica do território do Jardim Canadá, iniciamos, junto à Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (EA/UFMG), uma investigação mais focada, através de mapeamentos específicos. A parceria se solidificou através do programa de extensão DESEJA.CA – Desenvolvimento Sustentável e Empreendedorismo Social no Jardim Canadá. Com a participação de estudantes bolsistas, foram ofertadas oficinas criativas e técnicas para a população local em três núcleos diferentes: marcenaria, estamparia e tecelagem. Iniciamos as atividades através de intervenções urbanas, criação de aparatos e mobiliário urbanos construídos a partir da observação e do mapeamento das lógicas construtivas do bairro.