Indie.Gestão 2014 – Diagnóstico de Indie.Gestão
HORTA
Londrina apresenta uma surpreendente cena cultural, a qual certamente incentivou a criação do Grafatório. Por ano, são formados 500 profissionais em áreas relacionadas às artes visuais e gráficas. A Universidade Estadual de Londrina (UEL), principal instituição pública de ensino da região, mantém uma galeria de arte que promove a circulação de produções de outras localidades, assim como variados projetos de extensão. O poder público local, por sua vez, mantém há mais de uma década um programa de financiamento de espaços independentes.
COZINHA
Quem pensa que atenção aos detalhes e organização são cuidados femininos engana-se ao entrar no Grafatório. O espaço é gerido exclusivamente por homens, quase todos jovens, que se preocupam em cuidar e melhorar as instalações físicas da casa que alugam. Pequenas reformas estão sempre nos planos do grupo, que encontra dificuldades em colocá-los em prática pela pouca experiência em planejamento e produção. Foi no dia-a-dia que eles perceberam que, para evitar desencontros de informações e responsabilidades, era essencial criar um mo- mento de encontro regular entre os integrantes: “As reuniões de quarta de manhã mudaram tudo!”.
DESPENSA
O principal mantenedor do Grafatório é um fundo municipal de financiamento de iniciativas sem fins lucrativos, o qual cus- teia 75% das despesas do espaço. A diversificação de entradas de recursos é uma preocupação constante. A primeira alternativa que testaram foi a oferta de oficinas pagas, mas, na busca por atrair um público cada vez maior, os cursos tornaram-se muito técnicos e pouco abertos à experimentação. Isto gerou uma insatisfação geral nos integrantes, levando-os a perceber que o espaço estava fugindo de seu propósito inicial. Hoje, estudam
a possibilidade de gerar renda a partir de seus laboratórios de produção gráfica, dentro dos quais é possível oferecer serviços diferenciados de comunicação visual.