Em nosso último encontro, os resultados de todas as etapas anteriores foram organizados dentro da Kombi, que circulou pelo bairro durante uma tarde de quinta-feira. A pesquisa também foi apresentada ao morador João Gonçalves, chegado no Jardim Canadá há 20 anos, quando havia pouquíssimas casas, raras ocasiões de ir à cidade, baixas temperaturas e ruas sem pavimento.
Nessa mesma ocasião, foram produzidos lambe-lambes com algumas das colagens especulativas criadas pelos alunos, que foram afixados nos lugares onde as fotografias originais haviam sido tomadas. Além de deixar vestígios do projeto pelo bairro, essa ação buscava promover o compartilhamento dos imaginários produzidos ao longo dos dois meses de residência.
O trajeto da escola até esses locais, que envolveu uma Kombi, algumas bicicletas e muitas caminhadas, se constituiu como um momento significativo, ainda que efêmero, de expansão do território educativo e do comparecimento dos alunos como um grupo que se desloca na paisagem do bairro. Além dos encontros repentinos com figuras já conhecidas dos estudantes, a passeata foi também motivo de estranhamento, despertando olhares curiosos e até mesmo uma corrente de mensagens nas redes sociais dos moradores, relatando que havia no bairro um grupo de jovens seguindo uma suspeita, ainda que simpática, Kombi amarela.