Berglind Jóna (IS)

Berglind Jóna (IS)


A artista Berglind Jóna (Islândia) desenvolve trabalhos que frequentemente abordam as formas de utilização ou especulação relacionadas aos espaços públicos das cidades. O repertório da artista está diretamente relacionado a situações por ela vivenciadas em seu país de origem, a Islândia, onde também desenvolve trabalhos em colaboração com outros artistas. As obras de Berglind são um comentário crítico sobre sua percepção dos lugares, sobre as formas como são ocupados e sobre os jogos de interesses que movimentam tais apropriações. Participou de exposições como: 3rd Moscow Biennale; Hard Revolution, curada por Mika Hannula no Potzdamer Platz; Nord Kulturforum; Hið Breiða Holt – Berglind foi convidada a criar uma obra em colaboração com a comunidade para o Centro de Cultura Gerðuberg, Reykjavík. Produziu e curou Leisure, Administration and Control – public space study, uma obra colaborativa e uma exposição, juntamente com Bjarki Bragason e 15 outros artistas nórdicos.

www.berglindjona.is




Programa de Residências Internacionais – 2010 – Manutenção da Liberdade: Entre Lembrar e Esquecer

Manutenção da Liberdade dá voz a um monumento tradicional da cidade de Belo Horizonte, o coreto da Praça da Liberdade, conjunto arquitetônico que remonta à fundação da cidade no final do século XIX. Ao redor da praça foram construídos o palácio de governo e edifícios administrativos que abrigaram, até recentemente, os órgãos do poder executivo desta que foi a primeira cidade planejada do país, construída especialmente para ser a capital de um estado da república então recém-proclamada.

No trabalho, o coreto é uma testemunha histórica que presencia a transformação da cidade e compartilha com o espectador/leitor suas impressões sobre os espaços, lugares, pontuando a transformação da cena urbana, mas também política e social. Atento às trocas simbólicas de que é testemunha durante os seus mais de cem anos de existência, o coreto monumento/narrador torna-se agente preconizador de estratégias críticas, ao mesmo tempo, desafiadoras, divertidas e poéticas sobre a natureza do processo de transformação da cidade.

O relato, construído a partir da imersão e pesquisa que a artista realiza na praça, em bibliotecas e arquivos públicos de Belo Horizonte, numa certa medida, guarda relação com momentos importantes da história da cidade. Porém não se compromete com um relato histórico, ao contrário, organiza-se numa linha tênue entre o que é visível e o que permanece na opacidade desses acontecimentos.

Fazendo com que as pessoas – como bem destaca Nietzsche, em seu texto “Dos usos e desvantagens da história para a vida” – reconheçam um instinto forte de quando é necessário sentir-se de modo histórico ou não-histórico. Em Manutenção da Liberdade, “essa é a proposição a que o leitor é justamente convidado a observar: o ahistórico assim como o histórico são igualmente necessários para a saúde de cada indivíduo, de um povo e de uma cultura.”

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