Teatro de Bolso, 05/04, às 19h
Com título emprestado do poema “Os Arquivos” do poeta carioca Ismar Tirelli Neto, a mesa abordou, através de uma noção ampla de arquivo, as questões relativas ao que devemos guardar para o futuro e ao que devemos destruir do nosso passado. Antropólogos, arquitetos, historiadores e artistas foram convidados a refletir sobre o presente entendendo-o como um lugar de confluências de temporalidades e a partir do qual a noção de futuro é construída.
| Conferencista 1 |
Ana Pato
Arquivo e ficção: um estudo de caso da 3ª Bienal da Bahia.
Qual o significado ético e político do abandono dos arquivos, no Brasil? Como propor novos usos para os espaços de memória diante de uma realidade que permanece envolta em invisibilidade?
A palestra abordará a experiência com artistas no Arquivo Público do Estado da Bahia, no contexto da realização da 3ª Bienal da Bahia (2014). Como tornar público o arquivo público?, foi a partir desta indagação que o projeto curatorial foi organizado com o objetivo de discutir a invisibilidade dos arquivos, no Brasil.
Ana Pato é curadora e pesquisadora. Doutoranda da FAU-USP, foi curadora-chefe da 3º Bienal da Bahia (2014) e diretora de projetos da Associação Cultural Videobrasil (2000-2012). É autora do livro Literatura Expandida: arquivo e citação na obra de Dominique Gonzalez-Foerster (2012).
| Conferencista 2 |
Fernanda Nogueira
Papéis e papéis: os que já não queremos, mas persistem; os que resistem, e continuamos lutando para visibilizar
A palestra discutirá o processo de pesquisa de arquivos artísticos que resistem ao esquecimento e as memórias políticas* eliminadas pelas perspectivas normativas que dominam as narrativas hegemônicas da história da arte. Estarão em foco o movimento do poema/processo, a rede de arte postal e o Movimento de Arte Pornô no Brasil nas décadas de 60-70-80.
Fernanda Nogueira (São Paulo) é crítica literário, pesquisadora e historiadora. Desde 2008 integra a Red Conceptualismos del Sur. É mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada pela USP e em Estudos de Museu e Teoria Crítica pelo programa de Estudos Independentes do MACBA (Barcelona). Atualmente desenvolve sua pesquisa de doutorado em Teoria Queer e Estudos Descoloniais na Academia de Belas Artes de Viena.