Simone Cortezão (BR)

Simone Cortezão (BR)


Cineasta, artista visual e pesquisadora, Simone Cortezão (1983 | Timóteo, MG) é mestre em Artes Visuais pela UFMG e doutora em Artes Visuais pela UERJ. Entre o cinema e as artes visuais, desenvolve trabalhos com a criação de narrativas documentário-ficcionais e suas articulações entre memória e amnésia das cidades, paisagens entrópicas, ecologia, geologia e economia. Escreveu, dirigiu e produziu diversos filmes, exibidos e premiados nacionalmente e internacionalmente.




Residência arte&minería  do SACO – Festival de Arte Contemporáneo (Antofagasta/Chile)  2020 – Zonas de ressaca

Simone Cortezão esteve em Antofagasta durante quase todo o mês de janeiro de 2020 como convidada da residência arte&minería, possibilidade graças a uma parceria entre o SACO e o JA.CA – Centro de Arte e Tecnologia. Durante a estadia, a cineasta esteve em uma das regiões do Chile mais afetadas pelo impacto do extrativismo industrial, assunto em que ela já aborda em seus filmes e obras visuais.

“Zonas de ressaca” é o termo cunhado por Simone para definir o impacto do extrativismo de grandes indústrias nos locais físicos onde se instalam, espaços onde a atividade econômica abstrata encontra sua materialidade em resíduos minerais, na exploração dos territórios, no desemprego, no desperdício da paisagem e nos efeitos negativos dos sistemas produtivos que devastaram a geografia e as pessoas que a habitam.

[ENTREVISTA] Simone Cortezão, artista visual y cineasta brasileña: Construyendo experiencias visuales desde la magnitud de los procesos industriales


– Bolsa Pampulha 2018/2019 – Pesquisa

Dedicada ao desenvolvimento da Trilogia das Escavações, iniciada em 2010 e composta por três filmes situados entre documentário e ficção, Simone Cortezão investiga o contexto da exploração de recursos naturais em Minas Gerais a partir de distintas perspectivas, escalas, tempos e espaços. Atravessadas por paisagens naturais e artificiais, suas obras se voltam, por exemplo, às complexas relações entre quintais e eucaliptais, em contextos nos quais a urbanização se dá a partir de situações de industrialização, assim como à intensa transferência de recursos naturais de um lado a outro do planeta. Encontrando na ficção um meio de acessar universos vetados ao tratamento meramente documental, sua pesquisa afirma a escavação como ativação de passados e existências enterradas sob o solo.

No Bolsa Pampulha, a artista-pesquisadora visa a captação de sons produzidos em áreas desativadas de mineração, buscando gerar testemunhos sonoros da matéria em estado de coma, os quais serão combinados a depoimentos de xamãs e cientistas sobre o mesmo fenômeno. Ante um contexto marcado pelo desgaste das imagens, aposta na potência do som e da escuta como modos de acessar reverberações de violentos gestos humanos sobre a Terra.


– Bolsa Pampulha 2018/2019 – Terras Remotas

Em Terras Remotas, a artista-pesquisadora capta sons produzidos em áreas desativadas de mineração, buscando gerar testemunhos sonoros da matéria em estado de coma, os quais serão combinados com textos e dados sobre o mesmo fenômeno. Ante um contexto marcado pelo desgaste das imagens, aposta na potência do som e da escuta como modos de acessar reverberações de violentos gestos humanos sobre a Terra. Para a exposição, Simone produziu dois vídeos que expõem o diálogo de imagens e de sons, composto de conversas, de dados da mineração, do vagar por esses espaços arrombados, e de imagens de montanhas mineradas e não mineradas.


– Bolsa Pampulha 2018/2019 – Exibição e sessão comentada: Navios de Terra

Como parte das ações do Bolsa Pampulha 2018/2019, foi exibido no MIS Cine Santa Tereza, em Belo Horizonte, o filme Navios de Terra, dirigido por Simone Cortezão. A sessão contou com comentários da diretora e Luis Fernando Mouro, e mediação de Daniel Toledo.

Há anos a montanha é deslocada entre dois países: Brasil e China. Rômulo, ex-minerador e agora marinheiro, segue levando parte da montanha e vai ao encontro de outra. Na imensidão do mar, ele conhece outros viajantes, e em momentos febris encontra as memórias e o espírito da terra. Num cotidiano atravessado por outras línguas que ele não fala, mesmo sem entender, as conversas em desencontro acontecem. Assim, Rômulo vai enfrentar dias lentos na imensidão do oceano até o outro continente.

JA.CA – Centro de Arte & Tecnologia

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