Guerreiro do Divino Amor (1983 | Rio de Janeiro, RJ) é mestre em arquitetura. Sua pesquisa explora as “superficções”, forças ocultas que interferem na construção do território e do imaginário coletivo. Constrói um universo de ficção científica a partir de fragmentos de realidade, tomando forma de filmes, publicações e instalações. Participou de exposições na Fundação Iberê Camargo, Casa França-Brasil, MAR, CAC de Vilnius (Lituânia) e Arte Pará 2018. Também em 2018, realizou a individual “Superficções” no Paço das Artes/MIS-SP.
Em seu projeto Atlas Superficcional Mundial, Guerreiro do Divino Amor vem criando um universo de ficção científica a partir de elementos da realidade social contemporânea. Sua poética parte de confrontos e composições entre duas orientações civilizatórias que disputam o controle da Terra e da mente dos seus habitantes: o império, com sua lógica colonial, matemática e higienista, e a pluriversal e instintiva galáxia, que remete à Terra como um pequeno planeta de um grande sistema que em muito nos ultrapassa.
Dentro do projeto, que inclui criações audiovisuais, instalações e publicações impressas, o artista vem realizando uma análise crítica da sociedade brasileira a partir de estudos multidisciplinares sobre cidades como o Rio de Janeiro, onde vive, além de São Paulo e Brasília. Trazendo o excesso como recorrente recurso de linguagem, investiga as múltiplas ficções e mitos em torno dessas cidades e chama atenção a imaginários coletivos concorrentes que, sobretudo por meio de canais midiáticos, rondam as metrópoles brasileiras.
No Bolsa Pampulha 2018/2019, o artista se propõe a incluir Ouro Preto, Belo Horizonte e Brasília neste mapa crítico, entendendo as superficções mineiras – ou ainda, minerais – como protótipos de um racionalismo pálido e colonial que encontraria seu ápice na criação da artificialmente moderna capital brasileira.
– Bolsa Pampulha 2018/2019 – Capítulos inéditos do Atlas Superficcional Mundial: O Mundo Mineral & a Cristalização de Brasília
Guerreiro do Divino Amor produziu mais um capítulo da série Atlas Superficcional Mundial. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília (finalista da edição 2019 do renomado prêmio PIPA), o artista inclui Minas Gerais em sua ficção superrealista. O artista vem realizando uma análise crítica da sociedade brasileira a partir de estudos multidisciplinares sobre cidades, trazendo o excesso como recorrente recurso de linguagem e investigando as múltiplas ficções e mitos em torno delas. Chama atenção a imaginários coletivos concorrentes que, sobretudo, por meio de canais midiáticos, rondam as metrópoles brasileiras.
– Bolsa Pampulha 2018/2019 – Conferência Superficcional